Pular para o conteúdo principal

Dada a largada do Mundial masculino de vôlei



Crédito foto: FIVB

A céu aberto e diante de quase 12 mil pessoas, a seleção italiana estreou com vitória no Mundial masculino de vôlei. Jogando no Foro Italico, complexo que abriga o ATP de Roma, a Azurra bateu os japoneses por 3 a 0 e somou os primeiros três pontos no Grupo A da competição.

O Japão ofereceu resistência principalmente até a metade dos sets, mas não resistiu ao poderio ofensivo de Zaytsev – maior pontuador da partida com 13 pontos – e Juantorena – 11 pontos. Apesar do nervosismo da estreia, o que provocou 25 erros dos anfitriões – a maioria de saque –, o bloqueio italiano foi intimidando aos poucos os japoneses e, ao final, somou 9 pontos contra apenas 1 dos orientais. No final, 25 a 20, 25 a 21 e 25 a 23.

Na Bulgária, os coanfitriões do Mundial venceram a Finlândia com relativa facilidade. Em três sets, liquidaram os rivais europeus e também somaram três pontos no Grupo D. Na ausência de Sokolov – submetido a uma cirurgia de joelho em junho –, foi o ponteiro Valentin Bratoev quem dominou a partida com 14 pontos. Apesar de ter sofrido com o alto bloqueio finlandês (8 pontos), foi o saque búlgaro que mais contribuiu para o resultado. Com 8 aces e desmontando a recepção adversária, a Bulgária fechou a partida em 25 a 21, 25 a 19 e 25 a 22.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Negros e negras no voleibol olímpico brasileiro – uma análise sociodesportiva

Negros e negras no voleibol olímpico brasileiro – uma análise sociodesportiva Carlos Eduardo Bizzocchi Este breve ensaio não pretende de maneira nenhuma esgotar o assunto tampouco se aprofundar num tema que exigiria conhecimentos mais sólidos sobre sociologia ou etnografia e também uma pesquisa mais ampla. Ele é, de certo modo, um convite à discussão sobre o preconceito racial e sobre o efetivo papel inclusivo do esporte. O futebol brasileiro começou a romper a barreira da exclusão racial já na década de 1920 e, em pouco tempo, várias agremiações com negros e brancos dividiam espaço nos campos e espaços públicos. Na Copa do Mundo de 1954, a divisão étnica entre os titulares era quase meio a meio. Enquanto isso, o voleibol do país fechava-se dentro de clubes tradicionais, redutos conservadores e particulares, sob regimentos internos ainda impregnados do preconceito racial sobrevivente de uma abolição da escravatura que completava pouco mais de meio século. Aceito

Coração e competência

Crédito foto: CBV A seleção brasileira de vôlei dispensou a calculadora e fez as duas melhores partidas do Grand Prix na última sexta-feira (21) e, principalmente, ontem (23). Enquanto muita gente fazia contas e duvidava da capacidade de jogadoras e comissão técnica, elas mostraram que ainda há lenha para queimar debaixo da brasa que sobrou sob as cinzas da Rio-2016. Duas condições interdependentes do vôlei serviram para impulsionar a equipe: quem não é bom em determinado fundamento precisa criar sua identidade em outro; e não dá para ser competitivo com um fundamento que esteja abaixo do aceitável. O sistema defensivo se aprimorou na defesa e o contra-ataque contou com uma dose reforçada de paciência e malícia, enquanto a recepção, que não é um primor, comportou-se dentro de um nível aceitável e não permitiu que o adversário se valesse de tal fragilidade. Com um rendimento invejável no bloqueio, as comandadas de José Roberto Guimarães se superaram contr

O fator T

O fator T T de Tiffany, de transexual, de testosterona Apesar do recesso de fim de ano, a Superliga feminina de vôlei continuou nas manchetes. Nos dois últimos jogos, em que defendeu o Vôlei Bauru (SP) como titular, a oposta Tiffany, primeira transexual a disputar o torneio nacional, fez 55 pontos em nove sets. Nas mesmas rodadas, a oposta da seleção brasileira Tandara fez 24 pontos em sete sets defendendo o Vôlei Nestlé. Tiffany até 2015 disputava o campeonato holandês masculino. Após cirurgia para mudança de sexo, tratamento para redução da produção de testosterona e consequente liberação da Federação Internacional, disputou a reta final da Liga Italiana A2 pelo Golem Palmi no começo de 2017. Sua participação por lá gerou críticas e até ameaças de recursos na justiça comum pelos adversários. O programa Roda de Vôlei já havia levantado a questão da participação de Tiffany entre as mulheres num esporte em que a potência muscular predomina e decide. Apoiados na opinião d