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Mostrando postagens de março, 2020

Tempos difíceis

Um vírus fez com que retornássemos à menor célula social: a família. Em vias de extinção na sociedade atual, eis que precisamos nos trancar em casa com aqueles que passam a fazer parte de um diminuto círculo de confiança e convivência obrigatória. E sabe-se lá por quanto tempo. Não somos uma geração acostumada a conviver com situações de reclusão e racionamento, pois não vivemos as grandes guerras que nossos pais, avós ou bisavós (alguns) viveram. São tempos de buscar refúgio em nossos bunkers para não sermos atingidos pelo inimigo. Inimigo que não faz barulho e nem tem rosto, que se esconde por onde nem nossos olhos nem nossos narizes conseguem perceber. Amedrontador, angustiante. Tempos difíceis. Todos estamos alterados emocionalmente e precisamos, ao mesmo tempo, conviver com as pessoas que chamamos de nossas, mas tínhamos até o começo desta semana tão pouco contato. Do que brincar com o filho de sete anos? O que fazer para que o bebê de um ano pare de chorar? Sobre o que

O dia dela

Pipocam mensagens no WhatsApp, Facebook e Instagram parabenizando as mulheres pelo dia de hoje. O 8 de março foi reconhecido pela ONU em 1977 para simbolizar uma luta por igualdades entre os gêneros que ganhou força no início do século passado nos Estados Unidos e. no resto do mundo. depois da Segunda Guerra. A maioria das mensagens enaltece o papel de mãe, de esposa e usa metáforas para elogiar características essencialmente femininas. Hoje é domingo, dia propício a levantar cedo e, na volta da padaria ou da caminhada, comprar um pãozinho diferente ou até um buquê de flores para agradar a(s) mulher(es) da casa. No entanto, amanhã é dia útil, de trabalho, de ir para a rua para lutar pela sobrevivência. E amanhã continuará sendo o dia da mulher. Daquela que ganha em média 20% menos que os homens que na empresa ocupam o mesmo cargo que ela. O que você vai fazer em nome da mulher que você elogia hoje? Daquela que sofre agressões em casa por homens que se julgam seus proprietário