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Mostrando postagens de 2012

As mudanças de regra do voleibol para 2013

Em abril de 2013, a FIVB resolveu cancelar a regra da qual trata o texto, por considerá-la inviável e não ter alcançado seu objetivo. As reclamações no Congresso técnico da entidade foram muitas e ela foi suspensa até que se comprovasse sua eficácia. Mais uma vez, a Federação Internacional de Volleyball muda as regras de jogo. O Congresso de setembro que elegeu o brasileiro Ary Graça presidente da entidade estabeleceu, entre outras modificações menos impactantes, que não será mais permitido, a partir de 2013, cometer dois toques ao receber o saque adversário em toque por cima. Isso alterará significativamente a técnica e a tática coletiva. Vale lembrar que antes do advento da manchete, o esporte se caracterizava pela habilidade dos atletas em se posicionar sob a bola para receber o saque em toque. Esta plasticidade é defendida por muitos saudosistas como marca de um voleibol mais técnico e bonito de se ver. A manchete, todavia, implantou uma nova e unânime maneira de recepção,
Um brasileiro à frente da FIVB Hoje à noite a Federação Internacional de Volleyball terá novo presidente para os próximos quatro anos. Pois é, a FIVB acabou com a perpetuação dos mandatários! E limitou em 75 anos a idade deles. É certo que antes do chinês Jizhong Wei, houve apenas dois presidentes, mas a entidade resolveu tomar o caminho do futuro e se antecipar à maioria das federações internacionais. Mais uma vez o voleibol serve como modelo. E na eleição de hoje à noite, poderemos ter um brasileiro escolhido pelos mais de 200 eleitores com direito a voto. O presidente da Confederação Brasileira de Voleibol, Ary Graça, disputa o cargo com outros dois candidatos. Um deles pode ser descartado, o australiano Chris Schacht, deixando a disputa pelo poder entre Ary Graça e o lendário técnico norte-americano Doug Beal. Acredito que Ary vença, por vários motivos. É respeitado pelo estágio que o Brasil alcançou em nível internacional durante sua gestão à frente da CBV; tem força
Tabelinhas dionisíacas Terminei de ler esta semana o livro Coutinho, o gênio da área , de Carlos Fernando Schinner. Carlos Fernando, além de jornalista, é narrador esportivo hoje do BandSports e conhecido também como Cacá Fernando. Coutinho, alguns mais jovens podem ter ouvido falar “assim tipo por cima”, enquanto o pessoal na casa dos 60 não só sabe de quem se trata, como o reverencia. Não cheguei a ver Coutinho jogar, mas como aficionado do futebol, não dissociava o jogo clássico e bem praticado da década de 60 dos grandes futebolistas, entre os quais o centroavante do Santos se incluía. No entanto, o desconhecimento de detalhes da carreira do piracicabano Antonio Wilson Honório fazia-me crer que Coutinho era apenas um sobrenome do maior atleta do século: Pelé-Coutinho. Mais um súdito com certo talento que teve a honra de jogar ao lado do Rei. A leitura tira Coutinho do papel secundário para associá-lo diretamente ao sucesso do camisa 10. De coadjuvante, Coutinho salta
A falta que faz uma assessoria pessoal Três meses atrás, Paulo Henrique Ganso se submetia uma cirurgia complementar de outra realizada anteriormente. Retornou antes do prazo previsto para a recuperação e enfrentou o Corinthians pela semifinal da Libertadores. Logo depois do insucesso, juntou-se à seleção brasileira na preparação para os Jogos Olímpicos. Ficou no banco em Londres e, sem motivação e sem medalha de ouro, foi dispensado por Mano Menezes. Voltou a um Santos perto da zona de rebaixamento do Brasileirão e em meio a um imbróglio que se arrastava havia meses, um aumento salarial pedido pelo meia. A reivindicação foi conduzida de forma desastrada por ambas as partes. Em meio à discussão e aos desgastes físicos e emocionais decorrentes do retorno apressado e das frustrações em relação ao baixo rendimento, o futebol de PH praticamente sumiu. Nesse momento, faltou-lhe uma assessoria que o orientasse na crise. O jovem atleta precisava de um apoio que não o deixasse diant
Um breve balanço estatístico do vôlei em Londres As estatísticas realizadas pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) para seus torneios oficiais ficam entre as mais detalhadas que as equipes dispõem e as mais simples que a imprensa normalmente realiza. Serve, assim, como referência mais rica que a segunda forma, mas não como base mais aprofundada. Não se trata de um estudo, mas serve para esboçar um quadro do comportamento técnico dos atletas em Londres, travando comparações com o que aconteceu em Pequim, em 2008. A começar pelo ataque, os homens continuam sendo mais efetivos neste fundamento. Foram 47% das ações que se converteram em ponto, contra 40% no feminino. Em contrapartida, os homens erraram mais, se bem que não na mesma proporção anterior de diferença: 17% contra 15%. Esse menor aproveitamento no feminino deve-se a um aumento substancial do número de defesas – considerados aqui aquelas em que o defensor toca na bola. Comprando-se com os Jogos Olímpicos de
Brasil, país do vôlei? Depois da espetacular e surpreendente vitória da seleção feminina de voleibol , das pratas dos comandados de Bernardinho e de Alison/Emanuel e do bronze de Juliana/Larissa, a frase mais repetida nas redes sociais foi “Brasil, o país do vôlei”. Ninguém nasce dando manchete, tampouco se compra enxoval com as cores do Sollys/Osasco nem noites são consumidas em bares, salas e casamentos com discussões sobre um peixinho do líbero como se faz com um impedimento não marcado em um jogo de 1976. O Brasil ainda é o país do futebol e será por muito tempo. Não há nada que se compare em termos esportivos, culturais e sociais ao que o futebol significa, movimenta, desperta e mobiliza. Jamais o Brasil (ou um Estado ou uma cidade do tamanho de São Paulo, para não correr o risco de exagerar) irá parar porque o time do Sesi ou do Rexona disputa a final do Sul-Americano contra um time argentino e monopolizar duas torcidas ensandecidas, uma torcendo contra e outra a favor.
De onde vem a força? De onde as meninas do vôlei tiraram força para bater a seleção russa ontem? Um time desacreditado, criticado, que se classificou na fase anterior na bacia das almas joga de igual para igual com a primeira colocada do grupo A e até então invicta. Talvez só elas ainda acreditassem que poderiam resgatar a qualidade de jogo que foi definhando de Pequim até o último Grand Prix. A despeito de todos, elas foram buscar em algum recôndito da alma e do corpo a força que as impulsionou até o 21º do tie break. Força de Sheilla. A oposta brasileira – julgada decadente a boca pequena e nas redes sociais – foi uma gigante. Chega um momento que as disputas esportivas coletivas se monopolizam em duas pessoas, e Sheilla foi perfeita nessa hora. Viu-se frente a frente com a quase perfeita Sokolova, comprou a briga e levou a melhor. Força de Fernanda Garay. Em sua primeira Olimpíada, assumiu o lugar daquela que foi a melhor na conquista do ouro em 2008 e com dois saques
Momentos Fabiana Mürer está há 24 horas tentando entender porque o vento resolveu soprar naquela velocidade justamente naquele momento. Procurando encontrar uma razão por não tê-lo encarado e arriscado. Tentando construir uma nova realidade diferente, como se pudesse apagar o passado e reagendar tudo para amanhã de manhã. Ainda não dá para fazer planos, porque a cabeça está ocupada com as explicações, as justificativas... A seleção feminina de vôlei, por sua vez, está do outro lado da janela, mirando o futuro e tentando se concentrar no presente. Está a poucas horas de conseguir com as próprias forças uma vaga nas quartas-de-final e continuar sonhando com o bicampeonato. Ou ser vencida pelo medo do fracasso de ser a primeira campeã olímpica da história (tirando-se as edições dos boicotes) que não consegue uma medalha na edição seguinte e, pior, obter a pior classificação do vôlei brasileiro feminino em Jogos Olímpicos, o 9º lugar. O esporte é cruel nas viagens que faz dentro