Crédito Foto: esporte.uol.com.br
Poucas vezes
o Campeonato Mundial masculino de vôlei teve tantas seleções com chance de
chegar ao título, ou ao menos ao pódio. Depois de um domínio quase absoluto do
Brasil nos últimos 16 anos, é quase impossível cravar quem será campeão desta 19ª
edição.
Até os anos
1980, apostar na União Soviética era barbada. Elencar um pódio com outras
seleções do bloco comunista, também. Tanto que da primeira edição em 1941 até a
de 1982, foram seis títulos dos soviéticos, dois da Tchecoslováquia, um da
Alemanha Oriental e um da Polônia. A revolução tática implantada pelos Estados
Unidos a partir de 1984 fez com que esta hegemonia fosse quebrada em 1986. Com
a queda do Muro de Berlim, a derrocada do comunismo e a ascensão do vôlei da
Itália, o cenário mudou e embaralhou as cartas.
Este ano, o torneio
terá 24 equipes divididas em quatro grupo de seis, sendo que as quatro
primeiras avançam para a etapa seguinte. Ou seja, nenhum favorito corre o risco
de ficar de fora da disputa logo no primeiro round. No entanto, o rendimento na
primeira fase será decisivo para avançar à terceira, pois os pontos contra os
adversários que também se classificarem serão mantidos e somados aos desta
rodada.
No grupo A, a
co-anfitriã Itália terá como adversários Japão, Argentina, Bélgica, Eslovênia e
República Dominicana. É bem provável que a Itália termine em primeiro lugar,
mesmo tendo jogos mais difíceis contra Bélgica e Argentina e encontrar na
estreia certa resistência do ascendente Japão. Japoneses, belgas e argentinos
vão travar um interessante duelo pelas vagas restantes, enquanto a Eslovênia
corre por fora. O país caribenho é carta fora do baralho.
O Brasil está
no grupo B e terá pela frente Canadá, França, Egito, China e Holanda. Brasil,
Canadá e França brigarão pelas três primeiras colocações, com ligeira vantagem
para os europeus. A definição da quarta vaga ficará entre China e Holanda,
ainda que o Egito possa surpreender.
No C, três
favoritos ao pódio fazem parte do grupo mais equilibrado desta primeira fase:
Estados Unidos, Rússia e Sérvia. A Rússia vem do título na Liga das Nações e quer
o primeiro ouro depois da era soviética, enquanto os sempre respeitados Estados
Unidos parecem chegar no melhor momento da temporada. A Austrália deve ficar
com a quarta vaga, desde que não tropece na Tunísia. Camarões deve ir embora
mais cedo.
O outro
país-sede, a Bulgária, encara Polônia, Irã, Cuba, Finlândia e Porto Rico. Neste
grupo D, Polônia, Bulgária e Irã são os mais cotados para brigar pelas primeiras
posições. Cuba e Finlândia podem surpreender aqueles três em um dos confrontos,
mas brigarão diretamente pela última vaga. Os porto-riquenhos têm poucas
chances.
Com base nos
últimos resultados entre as equipes, na tradição, nas últimas competições, no contexto
geral e também na adivinhação, apostaria na seguinte ordem de classificação
para cada grupo:
A – ITA, BEL,
ARG, JPN, SLO, DOM
B – FRA, BRA,
CAN, CHN, EGY, NED
C – USA, RUS,
SRB, AUS, TUN, CAM
D – POL, IRI,
BUL, FIN, CUB, PUR
O campeonato
começa hoje (9) com Itália e Japão e Bulgária e Finlândia. O Brasil estreia terça-feira
(12) contra o Egito. Todos os jogos serão transmitidos pela SporTV e o
campeonato termina em 30 de setembro com a finalíssima sendo jogada na cidade
italiana de Torino.
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