Crédito da foto: FIVB
Enquanto o
Mundial masculino de vôlei corre solto, a seleção feminina encerrou em quarto
lugar sua participação no torneio de Montreux. A competição suíça, que teve a Itália de Egonu (foto) campeã, continua com
seu charme e alternando sua importância de acordo com o cronograma dos torneios
mais importantes. Apesar de os convites serem feitos de acordo com o ranking, algumas
seleções preferem treinar a jogar. Foi o caso de Estados Unidos, Sérvia, Japão
e Holanda, por exemplo.
Já no caso do
Brasil, Zé Roberto utilizou o período para dar ritmo a algumas jogadoras que
retornavam de contusões ou afastamentos voluntários. Thaísa e Gabi recuperavam-se
de cirurgias e precisavam de ritmo de jogo. Dani Lins voltava da maternidade e
Fê Garay havia pedido dispensa. Todas foram titulares na maioria das partidas
em Montreux. Além delas, a central Carol Silva e Rosamaria tiveram mais
oportunidades que na Liga das Nações.
Sendo assim, o
hepteto titular contou com as centrais Thaísa e Carol – apesar de Adenízia ter
jogado toda a disputa do bronze –, Dani Lins, Rosamaria – como oposta no lugar
de Tandara – Fê Garay e Gabi nas pontas, além da líbero Suelen.
Thaísa ficou
muito longe da jogadora espetacular, campeã olímpica e referência mundial na
posição, pouco atacou e pouco bloqueou – média de menos de 2 pontos por jogo em
cada um dos fundamentos. Aliás, nenhuma das centrais brasileiras esteve entre
as 19 melhores atacantes do torneio. Fê Garay teve muita dificuldade para
jogar, em especial na recepção, que é uma das preocupações coletivas de Zé
Roberto.
Dani Lins
deixou a desejar na distribuição e sentiu bastante a falta de ritmo neste nível
de jogo. E fica a dúvida de quanto esta opção da comissão técnica interferiu na
segurança de Roberta, que vinha sendo titular há cerca de dois anos. Como será
que a insistência em Dani Lins foi entendida? Será ela a preferida? Roberta irá
definitivamente para o banco? E mesmo que volte, retornará com a desconfiança
de que não seria a primeira opção do treinador?
De bom, a
atuação de Drussyla, que sempre que entrou ajudou a reverter situações
desfavoráveis e Rosamaria, que pode ser uma boa opção para inversões quando
Tandara estiver em quadra. A importância de Tandara para o conjunto brasileiro
ficou mais que claro. Sem ela, fica mais difícil... e os outros times também
perceberam isso, e vão marcá-la com muito mais determinação no Mundial.
Outra
situação acende o sinal amarelo. O Brasil sempre foi temido pelas outras seleções.
Parece que esse respeito está se dissipando. Quando chegava o quinto set, a
tremedeira tomava conta das adversárias e o 3 a 2 era sempre favorável às
brasileiras. Parece que a história vem mudando. Em Montreux foi assim a favor
da Itália, da Polônia e da Turquia.
A ausência de
Natália, apesar de ter viajado com o grupo, é preocupante. Com
problemas nos joelhos desde o final da temporada de clubes, a ponteira
brasileira, a três semanas do Mundial, ainda não entrou em quadra e pode ficar
fora da competição mais importante do ano.
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