Crédito foto: CBV
A seleção brasileira de vôlei dispensou a calculadora e fez as
duas melhores partidas do Grand Prix na última sexta-feira (21) e,
principalmente, ontem (23). Enquanto muita gente fazia contas e duvidava da
capacidade de jogadoras e comissão técnica, elas mostraram que ainda há lenha
para queimar debaixo da brasa que sobrou sob as cinzas da Rio-2016.
Duas condições interdependentes do vôlei serviram para
impulsionar a equipe: quem não é bom em determinado fundamento precisa criar
sua identidade em outro; e não dá para ser competitivo com um fundamento que
esteja abaixo do aceitável. O sistema defensivo se aprimorou na defesa e o
contra-ataque contou com uma dose reforçada de paciência e malícia, enquanto a
recepção, que não é um primor, comportou-se dentro de um nível aceitável e não permitiu
que o adversário se valesse de tal fragilidade.
Com um rendimento invejável no bloqueio, as comandadas de
José Roberto Guimarães se superaram contra holandesas e norte-americanas nos
fundamentos que não vinham tão bem ao longo do torneio e prejudicavam o
rendimento do grupo até então. A recepção evoluiu muito com uma melhor
distribuição das jogadoras em quadra e proporcionou uma evolução considerável de Natália no
jogo contra os Estados Unidos.
O que se viu no ginásio em Cuiabá foi um grupo vibrante (puxado
por Adenízia – talvez a melhor bloqueadora do voleibol mundial atualmente), solto
e impondo o respeito adquirido ao longo da última década. As novatas pouco
sentiram e até cresceram diante da pressão de ter de vencer para ir às finais.
Roberta mostrou-se descontraída, lúcida e inteligente como não conseguira ser
até ontem. E mesmo com Tandara e Rosamaria um pouco abaixo do
rendimento que vinham apresentando, o conjunto foi perfeito.
Os adversários bem preferiam que o Brasil ficasse pelo
caminho. Daqui a duas semanas terão de enfrentar um grupo inexperiente, é
verdade, mas mordido pelo mosquito da confiança. E jovem com confiança, todos
nós sabemos o que pode aprontar.
Excelente texto, meu querido! Resumiu muito bem o que aconteceu neste final de semana! Vamos agora torcer para que a "brasa acessa pelas meninas queime forte durante as finais do GP! Há luz no fim do túnel e ela pode ficar ainda mais intensa! Abração!
ResponderExcluirVamos ver, Duda! Abraço
ResponderExcluirPaulo Pereira:
ResponderExcluirConcordo com absolutamente tudo! E espero que esse fds não tenha sido uma exceção e sim o estopim para uma maior regularidade.
Também espero, Paulo. Abraço
ExcluirMestre Cacá, você que você falou, tá falado!! A gente vem correndo aqui no seu blog ler as suas análises. Agora, Adenizia como melhor bloqueadora do voleibal na atualidade? Jura? Sucesso para o Brasil nas finais do GP. Abração Renato
ResponderExcluirCara, a Adenízia vem mostrando desde a Liga Italiana que não tem pra ninguém. Ela se machucou, o time dela saiu antes do campeonato e ela acabou como melhor bloqueadora mais de 20 bloqueios que a 2ª colocada. Isso num dos melhores campeonatos do mundo. E este GP, que ela não jogou todas as partidas... Não posso esquecer da Rasic, mas que ela tá sobrando, não tenho dúvida! Abraço R J! Vamos continuar torcendo!
ExcluirR J, fui checar: a Adenízia fez 120 ponto de bloq na Itália, a 2ª fez 87! No GP ele tem média de 1,09 por set e está em 1º!
ExcluirExcelente!! Valeu pela atençaõ Cacá! Abração, Renato
ExcluirBrasil, China e Holanda. Grupo difícil.
ResponderExcluirAcho que passa pela Holanda, Roberto. Vamos ver!
ExcluirCacá, como você avalia as participações das seleções juvenis do Brasil? Abraço, Renato
ResponderExcluirRenato, estamos numa entressafra. Vamos ter problemas em breve! Não é o fato de não ser campeão na base, é o fato de não gerar atletas de nível para o adulto!
ExcluirO seu palpite para o Sul Americano Masculino? O Brasil mantém a tradição e vence a Argentina? Mesmo com a derrota para a Argentina na Liga Mundial, não vejo que a Argentina tem time para vencer o Brasil ainda. O Velasco deu uma entrevista dizendo que "cada jogo é uma história". Até é, mas... Eu vejo o time Argentino ainda muito limitado. Sds, Renato
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