A natureza humana, para os defensores de Schopenhauer, ou o
corrompimento do ser humano provocado pela sociedade, para os rousseaunianos, está
por trás de duas cenas até banais presenciadas na capital paulista nas últimas
semanas. Quando conseguiremos deixar para trás a insolência e a arrogância?
Cena 1
À saída de uma escola particular, um garoto de uns 14 anos,
caminha apressado em direção ao carro da mãe estacionado à porta. Lá de dentro da escola,
um chamado tímido e abafado de uma garota da mesma idade: “Isaías, volta aqui”.
Alguns passos resolutos e Isaías vira-se para a colega que pede: “vem conversar”.
Isaías encerra a tensa despedida: “eu não vou conversar com você, você não
concorda comigo”. E entra pela porta de trás do carro.
Cena 2
Depois de buzinar por quase um quarteirão para três carros e
costurá-los para tentar avançar, a motorista barulhenta para no semáforo. Um
dos condutores que ficaram para trás emparelha seu carro popular e já meio
usado e diz: “você gosta de uma buzina, hein”. A bela jovem baixa o vidro e retruca: “eu gosto do meu
carro, ele é chique, bonito, novo...”. “Mas não precisa buzinar tanto”,
complementa o inferiorizado. “Ninguém sabe dirigir, a gente precisa ensinar”,
finaliza a moça enquanto acelera.
e assim caminha a "pretensa" humanidade... e mais não digo.
ResponderExcluirQuem sabe um dia mudemos de rumo, Eliana. Nessas pequenas coisas...
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