Crédito: CBV
A seleção brasileira feminina de vôlei começa amanhã em
Cuiabá (MT) a disputa por uma vaga nas finais do Grand Prix. Este ano a etapa
decisiva será na China, de 2 a 6 de agosto. Os adversários das brasileiras
serão Bélgica (amanhã), Holanda (sexta) e Estados Unidos (domingo). Esta é a
terceira e última etapa da fase classificatória e o Brasil está em 7º lugar na tabela
geral. Apenas os cinco primeiros, além do país anfitrião, classificam-se para a
fase final.
As brasileiras, mesmo que vençam os três jogos, dependerão
dos resultados dos outros dois grupos para garantir a vaga. Com 3 vitórias e 9
pontos, o Brasil pode chegar a 6 vitórias (o primeiro critério de
classificação) e 18 pontos se bater todos os adversários por 3 a sets a 0 ou 3
a 1. Uma combinação de resultados, no entanto, pode fazer com que até seis
equipes cheguem ao mesmo número de vitórias, o que deixaria a decisão das vagas
para o desempate (na ordem, número de pontos, set average e ponto average).
Com a cabeça apenas em fazer o dever de casa, as brasileiras
têm obrigação de bater a Bélgica, única seleção que ainda não venceu no
torneio, e que deve perder as três partidas. Depois pegam as holandesas, que
vêm de dois ótimos finais de semana, quando perderam apenas um jogo (3 a 2 para
o Japão). Contra os Estados Unidos, dependendo do resultado entre eles e
Holanda, a seleção brasileira pode vir a fazer seu jogo de vida ou morte. À
frente do Brasil na briga por uma das vagas, as norte-americanas podem deixar
apenas dois lugares na disputa no último dia.
E se der a lógica no grupo H, estas “duas últimas vagas”
podem virar uma só. Isso porque a Itália, que tem 4 vitórias, enfrentará
Tailândia e Turquia, penúltima e antepenúltima colocadas, além da República Dominicana,
que tem o mesmo número de vitórias que o Brasil. Se a Itália vencer os três
jogos, classifica-se independentemente dos adversários; e se a República
Dominicana não tremer na hora H também tem grandes chances de continuar na
briga por um lugar na fase final.
No entanto, tudo pode ficar mais fácil e exigir menos
cálculos se, no grupo F, o Japão tiver um apagão (logicamente contando com um
bom desempenho do Brasil em Cuiabá). Com China, Rússia e Sérvia pela frente, as
japonesas, que ocupam a sexta posição, podem continuar com as quatro vitórias que
acumularam e dar o lugar que hoje é delas nas finais para Tandara e companhia.
Vale a torcida, vale a força da camisa, vale o respeito das
adversárias a um passado recente de conquistas. Até mais do que a regularidade
e qualidade técnico-tática que o time vem mostrando no Grand Prix.
Sinceramente, nada inesperado para um recomeço de ciclo olímpico com desfalques
importantes e diante da testagem de algumas jogadoras ainda inexperientes em
nível internacional.
Se o Brasil ficar fora das finais, será a primeira vez que
isso acontecerá desde 2003, quando ficamos em 7º lugar – a pior colocação da
história, e que resultou na demissão de Marco Aurélio Motta do comando da
seleção. Depois dos Jogos Olímpicos de Londres, talvez este seja o momento em
que mais os números precisem ser pintados de verde e amarelo. Os mais
supersticiosos já estão escolhendo as simpatias.
Adorei o texto, Cacá! Segundo que acompanho no seu blog, segundo show. Tá voando hein? Hahaha.
ResponderExcluirAbração, Gustavo.
Valeu, Gustavo! Abraço!
ResponderExcluirCacá, sou seu fã! Você é tão competente, tão especial, tão preciso nos comentários, nas análises. Muito bom ver os seus comentários aqui e na TV! Valeu! Abraço, Renato
ResponderExcluirRenato, obrigado, cara. Grande abraço!
Excluirkkkkkkkkkkkkk adorei o texto, Cacá! e é bem isso, só com mandinga e patuá e a sorte absurda que o Zé Roberto tem. Porque essa seleção vai precisar de muita ralação, muitos e exaustivos treinos e exercício de inteligência. Algumas jogadoras precisam "abrir a mente" e deixarem de "fechar os olhos e bater, bater, bater seja pra que lado for"... não sei se me fiz entender. Abraço.
ResponderExcluirE deu certo, hein, Eliane! Eu tinha dúvidas...
ResponderExcluirpois é... vamos ver na China, sem torcida, se elas rendem o mesmo.
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