Pular para o conteúdo principal

A vaca holandesa virou zebra!



Num domingo sem Brasil em quadra, o Mundial masculino de vôlei teve mais uma sequência de jogos na Itália e na Bulgária. Embalada pela vitória de ontem (16) contra os brasileiros, a seleção holandesa aprontou mais uma: venceu a França por 3 a 2 e é vice-líder do grupo B. Pior para Ngapeth e companheiros, que, com duas derrotas, ficam numa situação incômoda, pois esses resultados serão levados para a próxima fase. O Egito bateu a China por 3 a 1 e, com este placar, deixa para os chineses a lanterna do grupo. O Brasil é quarto e enfrenta o líder Canadá amanhã às 14h30 (horário de Brasília), com SporTV. Se perder, o sonho do tetra fica bem mais distante.

Pelo grupo A, a Bélgica derrotou os japoneses por 3 a 1 e a Itália fez 3 a 0 nos dominicanos. Itália já garantiu vaga na etapa seguinte e Bélgica e Eslovênia dificilmente ficarão fora. Argentina e Japão devem decidir na terça-feira (18) a última vaga em confronto direto.

Sem surpresas, o grupo C teve Estados Unidos batendo Camarões por 3 a 0 e a Sérvia fazendo 3 a 1 na Austrália. O primeiro lugar deve ser dos Estados Unidos, que avançarão sem nenhuma derrota – pegam a Tunísia na última rodada –, enquanto Rússia e Sérvia jogarão terça pelo segundo lugar.

Por fim, enquanto Cuba e Porto Rico voltarão mais cedo para a América, as seleções de Polônia, Irã, Bulgária e Finlândia brigarão até a última rodada para definir a ordem de classificação. Hoje a Finlândia sofreu para bater o fraco time porto-riquenho por 3 a 2, enquanto os búlgaros ganharam de Cuba em três sets.

Terça-feira termina a primeira fase, enquanto sexta (21) começa a seguinte, com 16 classificados divididos em 4 grupos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Resposta ao texto "Eu não gosto de vôlei", em Blog do Menon

Caro, Menon, Em seu post de hoje, você despertou uma boa dose de ira dos apaixonados pelo vôlei. No papel de comentarista e técnico do esporte, acho-me no direito de entrar na discussão, não para atacá-lo – como alguns fizeram –, afinal defenderei sempre o direito à opinião e à expressão das preferências particulares, sejam elas quais forem. Mas ultimamente as pessoas têm se valido de justificativas apressadas para fundamentar seus desgostos. Pela pouca familiaridade com o objeto de desagrado, acabam sendo superficiais e equivocados. Vou me ater a pontos que considero pouco plausíveis em sua busca por tentar explicar porque não gosta de vôlei e me abster de comentar outros que se referem a opiniões e pontos de vista próprios. Primeiramente, o fato de o vôlei ter campeonato todo ano. A Liga Mundial é talvez o quarto torneio entre seleções em importância no calendário internacional, por isso é anual. Antes dela, há os Jogos Olímpicos, o Campeonato Mundial e a Copa do Mundo, ...

O fator T

O fator T T de Tiffany, de transexual, de testosterona Apesar do recesso de fim de ano, a Superliga feminina de vôlei continuou nas manchetes. Nos dois últimos jogos, em que defendeu o Vôlei Bauru (SP) como titular, a oposta Tiffany, primeira transexual a disputar o torneio nacional, fez 55 pontos em nove sets. Nas mesmas rodadas, a oposta da seleção brasileira Tandara fez 24 pontos em sete sets defendendo o Vôlei Nestlé. Tiffany até 2015 disputava o campeonato holandês masculino. Após cirurgia para mudança de sexo, tratamento para redução da produção de testosterona e consequente liberação da Federação Internacional, disputou a reta final da Liga Italiana A2 pelo Golem Palmi no começo de 2017. Sua participação por lá gerou críticas e até ameaças de recursos na justiça comum pelos adversários. O programa Roda de Vôlei já havia levantado a questão da participação de Tiffany entre as mulheres num esporte em que a potência muscular predomina e decide. Apoiados na opinião d...

Negros e negras no voleibol olímpico brasileiro – uma análise sociodesportiva

Negros e negras no voleibol olímpico brasileiro – uma análise sociodesportiva Carlos Eduardo Bizzocchi Este breve ensaio não pretende de maneira nenhuma esgotar o assunto tampouco se aprofundar num tema que exigiria conhecimentos mais sólidos sobre sociologia ou etnografia e também uma pesquisa mais ampla. Ele é, de certo modo, um convite à discussão sobre o preconceito racial e sobre o efetivo papel inclusivo do esporte. O futebol brasileiro começou a romper a barreira da exclusão racial já na década de 1920 e, em pouco tempo, várias agremiações com negros e brancos dividiam espaço nos campos e espaços públicos. Na Copa do Mundo de 1954, a divisão étnica entre os titulares era quase meio a meio. Enquanto isso, o voleibol do país fechava-se dentro de clubes tradicionais, redutos conservadores e particulares, sob regimentos internos ainda impregnados do preconceito racial sobrevivente de uma abolição da escravatura que completava pouco mais de meio século. Aceito ...