Mais uma edição do Jogos Olímpicos chega ao fim. O número de medalhas conquistadas pelo Brasil foi o maior da história, e espera-se que em Paris a marca seja ultrapassada como se medalhas de ouro rolassem por acaso do Olimpo. Mais que um objetivo, o esporte deve ser um meio para fazer um país mais forte em todos os sentidos.
O esporte é
ferramenta importante no desenvolvimento educacional, na promoção da saúde e na
formação de cidadãos críticos, participativos e cooperativos. Menos de 1%
daqueles que praticam esporte na infância e na adolescência torna-se atleta
profissional, portanto o esporte deve servir fundamentalmente aos mais de 99%
que podem evoluir como seres humanos ao praticá-lo. Por isso, o esporte deve
fundamentalmente educar e ser um vetor da transformação social.
Uma educação
física escolar de qualidade e uma política séria de Estado (não de governo) de
formação esportiva democrática ao alcance de todos pode levar a uma sociedade
saudável, ativa e instruída em seus valores éticos mais importantes. E a partir
daí, é possível ter uma tradição esportiva de alto rendimento que possa nos
render medalhas em Jogos Olímpicos. As medalhas devem ser consequência de
políticas sérias de educação das quais o esporte é parte. Políticas públicas de
descoberta de talentos e oportunidade às vocações estendem ao cidadão a chance
de desenvolver o seu mais rico potencial.
O povo
brasileiro é versátil, criativo, resistente, resiliente, e o que lhe falta é a
oportunidade para poder se dedicar a desenvolver esse potencial sem precisar
abandonar a escola para ajudar na receita familiar, sem precisar ir para o
farol mendigar em vez de ter espaços recreativos e formadores próximos. Espaços
que descortinem opções no esporte, na música, nas artes, na ciência, no
empreendedorismo e em tantas outras áreas em que cada um pode se desenvolver.
Não me
importarei com Paris 2024 se tivermos a meta de nos Jogos de 2044 nos
empenharmos para fazer do Brasil um país da educação, da formação cidadã e da
saúde; se nos dedicarmos a cuidar do meio ambiente, da inclusão e da igualdade
social com a gana de quem corre os 100 metros rasos ou sobe num ringue; se
entendermos que o esporte é um potencializador de todo este processo desejado.
Concordo.
ResponderExcluirParabéns Cacá, pelo texto. Completo, como sempre e parabéns pelo desempenho nos jogos, informação segura e de qualidade, como sempre é a sua marca!
ResponderExcluirEssa é exatamente a abordagem que devemos desenvolver. Não dizer que SOMOS UMA POTÊNCIA OLÍMPICA e tratarmos a Educação Física Escolar como luxo, da mesma forma como tratamos nosso esporte como uma "brincadeira"!
ResponderExcluirParabéns pelo texto...
Texto irretocável! Concordo com você em número, gênero e grau, meu amigo. O desafio educacional e esportivo é imenso, mas precisa ser enfrentado! 👏🏻👏🏻👏🏻
ResponderExcluirProf. CACA, boa Noite. Sua análise ê perfeita. Quero me contagiar pelo seu otimismo, mas o que esperar de um país que elimina o Ministério dos Esportes. Sem uma política nacional para a massificação do Esporte, 2044 é uma data muito otimista. Permita -me sugerir 2144. 1 abraço
ResponderExcluirParabéns Cacá, texto inspirado nas bases de educação de um povo imerso em todas as opções, para um crescimento individual com qualidade. 👏🏼👏🏼👏🏼
ResponderExcluirPerfeito! Educação através do Esporte! 👏👏👏👏
ResponderExcluirParabéns amigo Cacá. Pelo o excelente texto e trabalho nas Olimpíadas. Forte abraço!
ResponderExcluirPois é Cacá!!!
ResponderExcluirNossos atletas fazem milagres com o pouco, se existisse um projeto esportivo decente, seríamos uma potência com certeza
Parabéns pelo texto
Muito bom Cacá
ResponderExcluirExcelente Cacá👏💯
ResponderExcluirBizzocchi, eu acho que joguei vôlei com você na juventude... Você estudou no Experimental Dr. Edmundo de Carvalho?
ResponderExcluirFlávio, obrigado pelo contato. Cara, estudamos no GEGEDEC? Que coincidência! Jogamos até vôlei junto! Vc se formou em 1977?
ExcluirTexto brilhante! Você honra o espírito esportivo brasileiro. Parabéns!
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