Acompanhei os Jogos Olímpicos partida a partida. A cada vitória brasileira se reforçava a impressão de que a nova chance com a qual os outros me confortavam diante da decepção do corte jamais aconteceria. Pode haver outras oportunidades, mas não uma “nova”. As coisas só acontecem invariavelmente uma única vez no tempo e no espaço. A chance é aquela. Como disse Heráclito: “Um homem não se banha duas vezes no mesmo rio porque nunca é o mesmo homem e nunca é o mesmo rio”. Havia pensado até em ir a Barcelona por conta própria, bancando passagem, hospedagem, ingressos. Mas o orgulho falou mais alto. Trabalhara para aquilo, queria ir como profissional, não como turista. Eu não admitia ter de pagar para aplaudir uma conquista que eu ajudara a construir com suor diário. Lembrei de minhas argumentações derradeiras, tentando reverter a decisão. As justificativas por parte do supervisor eram de que não havia lugar na Vila Olímpica e, mesmo que ficasse fora da vila, não me seria possível entr...
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